domingo, 17 de outubro de 2010

Estive pensando...

Por que parabenizamos as pessoas quando fazem aniversário? É meio irônico chegar numa garota que completa algumas primaveras (ou verões, dependendo de sua opção sexual, hoje em dia se vê de tudo) e felicitá-la por estar mais perto da morte, um ano para ser mais precisa. E quando fazem uma festa? A meu ver, isso é tudo uma conspiração contra o pobre aniversariante que não pode impedir a tal festa "surpresa" que por sinal acontece todo ano. Resta ao dito cujo sorrir e apagar as velinhas em cima de um bolo que aquela tia (sabe, aquela...) vai pegar um pedaço num guardanapo (que mais tarde, colado no glacê, será uma boa fonte de lipídios e celulose) e dizer que vai levar para o filho ou marido que não pôde comparecer à maldita reunião conspiratória. Falando nisso, essas são as únicas reuniões conspiratórias onde o alvo está presente. Mas como tudo tem seu lado bom... Podemos encarar os aniversários como uma comemoração de mais um ano em que você não morreu. Não que morrer não seja bom, nunca experimentei. Mas deve ser, ninguém volta pra contar mesmo... E uma coisa é certa: há tempo para tudo. Tempo para falar e tempo para calar, tempo para viver e tempo para morrer, tempo para fazer dieta e tempo para comer 9 kg de maionese... Mas voltando ao tema principal, fosse eu dona do mundo (adoro me imaginar nessa condição) baixaria um decreto que proibisse os aniversários de serem chamados como tal. Chamar-se-iam "diários". E não parabenizaríamos as pessoas uma vez por ano, e sim todos os dias, enquanto não morressem, é claro. Pensando bem, acho que isso não daria certo, porque chegaria um momento em que ninguém aguentaria ouvir mais a voz de ninguém, causando discussões, conflitos regionais, nacionais, mundiais, intergaláticos... Voltando ao mundo real... É melhor que tudo fique como está. As pessoas se felicitando em seus aniversários sem uma ideologia concreta a cada movimento de translação em volta do imponente Sol, ganhando presentes bregas que nunca irão usar pra nada e que no aniversário de alguém será entregue, assim completando o ciclo de presentes bregas e blá, blá, blá. A Terra em seu eixo, tudo na mais perfeita harmonia, e você aí ficando mais perto da morte hoje.

Obs.: Estou dezoito anos, quatro meses, dezessete dias, treze horas e dois minutos mais perto da morte hoje. Não que eu esteja ansiosa, isso foi só uma observação.







Outra obs.: Eu escrevi isso já faz um tempo. Quem já leu deve tá de saco cheio já. Tinha postado num outro blog que tenho com a Patrícia, o "Leia se souber"... Enfim, comenta aí! (:

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